14.3.10

:)

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44/50



incrível incrível

1.3.10

kØbenhavn 18-24 fevereiro 2010


fui concretizar um sonho que nunca percebi muito bem. já é o segundo num ano e tenho bem consciência da sorte, etc. fui com o luís, e curiosamente, uma das primeiras conversas que tivemos foi sobre esta nossa curiosidade pela cidade. aparecia a negrito nos interesses do livejournal, entre muitos outros.

o luís andou na escola com a ana, que está desde há um ano e meio a fazer o doutoramento em copenhaga. e um bocado por impulso, lá se comprou a viagem e ainda bem, ainda bem, ainda bem. foi incrível.
não só adorei a cidade, como o estilo de viagem que foi. relaxada, sem grandes preparativos, a ser construída com a ajuda de quem conhece a cidade. experimentei um frio que não conhecia, vi neve como nunca vi, caminhámos sobre lagos gelados e encantámo-nos com a organização e relaxe dos dinamarqueses. têm o melhor da escandinávia e o melhor da característica “sul”, escandinaviamente falando, claro. “os italianos nórdicos”, como li.

é uma cidade de se viver e não me importaria nada de repetir a viagem, com sol. deve rimar com verão, era o que me diziam. e enfim, a hospitalidade foi imensa, participamos em festas, jantares, comemos super bem e regressei muito feliz, de baterias carregadas. a seguir vou descrever os dias com mais detalhes, mais para mim do que para quem lê, mas enfim, pode ficar aqui um roteiro!

ah! também decidi que ia fazer um roteiro de braga no google maps, não me posso esquecer.
olha, sinto que a minha escrita aqui está totalmente diferente, não sei o que se passa. mas está mesmo e não estou a gostar.

#18

encontro com ana. levamos-lhe línguas de veado e outras portuguesices – pastilhas gorila! – e então a conversa de chegada foi preenchida com chá e biscoitos, análise do mapa, sugestões e soninho.





#19

rumámos ao centro ao lado dos lagos congelados (soterdams sØ), o que já não acontecia há 14 anos! antes de mais nada, claro, ficámos um pouco espantados com o frio e a brancura de tudo. este dia foi uma espécie de viagem de reconhecimento. enquanto passávamos pelo jardim botânico apanhámos o que foi o maior nevão dos dias que lá estivemos, nada demais mas chatinho. chegados ao centro passeamos um pouco pela strØget, a rua central que afinal são várias ruas, e fomos parar à radhusplassen onde está o equivalente da câmara municipal.


aí perto vimos o hans christian anderson mesmo em frente ao tivoli – fechado – e continuamos a andar (estilo walkman music: não posso parar…continuo a andar!). demos uma primeira vista de olhos à zona do palácio da bolsa – muito bonito! – e depois fomos para o nosso blind date com a joana, uma portuguesa que estava a viajar sozinha e que nos fez companhia o resto da tarde. fomos à zona do porto de nyhavn (o que aparece nos postais) e é realmente muito bonita. não estava com sol como nos postais, mas sim com as águas congeladas e as cores menos vibrantes…uma vista agendada para um verão próximo! depois fomos – sempre a pé! anda-se perfeitamente a pé – até ao edifício da opera house, que estava fechado. mas daqui tem-se uma bonita vista da cidade, do outro lado da margem.


e porque não, fomos até à zona de christianshavn. perdemo-nos mas pelo caminho encontrei a sede dos escuteiros lá do sítio! passeámos mais um pouco, tudo muito tranquilo, arranjado, a malta calma, poucos carros, muitas bicicletas…ahhhh. “gostava de morar naquela casa”.

aqui, decidimos apanhar um autocarro até casa. chá quentinho, mudar de roupa porque a ana tinha visto pelas nossas panças que éramos meninos de gostar de hambúrgueres. então lá fomos sobre os lagos congelados ao halifax comer mega hambúrgueres, deliciosos e infindáveis. e depois moose, o bar mais barato da cidade onde nos perguntaram se tínhamos mais de 18 anos. adoro.




#20

fixe, fim-de-semana significava ana com nosotros! acordámos um bocadinho mais tarde e fomos passear por Østergrade. ruelas coloridas, o estádio, faelledparken, nas calmas. ouvimos muitas vezes “no verão é que é fixe, muitos pic-nics, concertos, muita gente aqui”.


depois do almoço já tínhamos mais um companheiro, o brice, namorado da ana. de tarde passeamos por norebrØ, um bairro movimentado e colorido, com grande concentração de imigrantes. o frio começou a apertar no final da tarde, espaços quentinhos não faltam.


por vezes víamos alertas na rua para trocar de passeio. as estalactites são fatais e já começavam a descongelar…

aprendemos que não podemos comer gelados nem salsichas nos autocarros.

depois, o caos total. acabamos numa espécie de festa de piso, mas de nível mais elevado. o piso era de bom gosto, os convidados phd’s, as bebidas não eram litronas mas todo um manancial de gostos sofisticados…o que era semelhante? o reggaeton. as conversas longas com desconhecidos. as idas de horas à casa de banho. bebi mesmo demasiado e no fim, depois de muita insistência, chata mesmo, lá consegui ouvir o antónio variações na dinamarca.

ah, depois do jantar com o pano d’oro o luís adquiriu um alter-ego, o roberto, daí toda a gente estar com aquele gesto nas fotos. ou isso ou o nhéco.


consegui chegar a casa depois de quase cair duas vezes. contámos os picos do tecto da sala da ana e deitamo-nos.


#21

dor de cabeça.

acordamos muito tarde e comemos massa à carbonara feita pelo carbonara master.

depois, como já tínhamos planeado, fomos os quatro até christiania. é um bairro esquisito. outrora de hippies agora é um local de venda de droga, de estilos de vida diferentes e parece mesmo outro país, outro planeta. tirando essa primeira impressão, e andando mais um pouco, é um bairro engraçado, bonito, com casas coloridas, diferentes, com lagos e pontes de madeira. caí de cu.


depois fomos ouvir uma jam à operavn e como o quentinho nos estava a fazer adormecer – só o louco do sítio não deixava – decidimos sair e fomos para outro café, o retro.

chegamos a casa, e envolvemo-nos logo na feitura do sushi! a wenjing, companheira de casa da ana, tinha tudo pronto e pela primeira vez fiz e comi sushi! ainda vivo um pequeno drama para conseguir pegar nos pauzinhos, mas isso há de lá chegar. ah, experiência com pesto também.

o luís teve de confirmar os picos do tecto da sala da ana. não eram 69 mas 70. inaugurou-se assim um concurso naquela casa, e só não ouvimos contar em chinês.



#22

estremunhado.


fomos, porque tem de ser, visitar a pequena sereia. passámos pela estação de comboios repleta de gelo, e depois das macacadas com a sereia, fomos até à citadel, um forte muito bem preservado. ah, vê aí na foto: os mans correm a qualquer hora do dia, em qualquer terreno, com qualquer temperatura, isso é que é vontadji dji querer!


sempre caminhando, passámos pela marble church, com um tecto magnífico que devia ser de mámore mas o dinheiro acabou entretanto. ouvimos órgão de tubos.


depois do almoço, seguimos até ao black diamond. é uma biblioteca anexa a um edifício antigo e a malta lá deve estudar que é uma beleza. e comem na boa no meio dos livros! adoro.

o engenheiro que há dentro do luís ficou espantado com a iluminação dinamarquesa, que não tem postes mas sim esses cruzamentos todos que estão nas fotos.

fomos de seguida para vesterbrØ pela istetgade, com milhentas sex-shops. e igrejas.

afinal só neste dia é que vimos a frente do tivoli.


e fomos lanchar à la gallete, crepes e orangina!

depois chegamos a casa e a wenjing estava de novo na cozinha, desta vez para cozinhar umas maravilhosas pizzas!


e finalmente, acabamos o dia no pixie bar, tão bom. bebi super chocolate quente com marshmallows e não me quero esquecer da bebida da ana com hysterbloom (?), gengibre, mel e limão. buédabão. adoramos este bar. quentinho e calmo. numa praça bonita.




#23


o nosso último dia foi incógnita até de manhã. então decidimos andar só pelas ruas, que já nos eram familiares. fomos de novo pelos lagos, subimos a round tower e vimos esta vista magnifica! muito importante! os putos andam todos enchouriçados em fatos enchumaçados, são tão fofos!


este era o sistema de estacionamento em algumas zonas que só permitem uma hora de permanência. coloca-se nesse relógio a hora a que se saiu do carro e uma hora depois, regressa-se para o retirar!

- e se mentem?

- eles não mentem!!


de tarde passeamos pela strØget e paralelas. andamos mesmo muito pelas ruelas e praças, entramos em algumas lojas, alguns cafés – mas estava tudo cheio as 15h00, não trabalha ninguém? – até que decidimos regressar ao pixie - passámos pelo kØngens garden - da noite anterior, já que o frio me estava, pela primeira vez, a dar cabo do juízo. aqui escrevemos postais às nossas hosts, comemos um bolo de abóbora maravilhoso e pedi a bebida que a ana tinha pedido na noite anterior!


jantamos em casa e despedimo-nos da ana!

#24

enquanto lá estivemos a lufthansa decidira fazer greve pelo que o nosso voo foi cancelado. recolocaram-nos num outro às sete da manhã, por isso as três e pouco já estávamos acordados. adeus copenhaga! passamos seis horas no aeroporto de frankfurt, que não custaram nada de passar, curiosamente. olá portugal chuvoso.

para esta viagem fiz algo que nunca tinha feito mas que se revelou muito útil: um caderno de viagem. fizemos algum trabalho de casa antes a anotar roteiros do google maps, elaborados por locais e a listar quais os sítios que queríamos conhecer. depois acabamos por registar nele tudo, as nossas ementas, os nossos sítios preferidos, foi nele que escrevemos no aeroporto, foi uma boa ideia e penso repetir! assim temos um guia muito pessoal!

ai ai. muito boa esta viagem.