31.5.09

destruir

ontem a caminho de casa, passei pela
antiga taberna do meu avô materno
antiga oficina de metalurgia do meu avô paterno e do meu pai
tudo na mesma casa, entenda-se. quis o destino brincar às coincidências.

estava completamente destruída
a casa foi vendida a um vizinho há uns seis ou sete anos...ou mais, para fazer obras de extensão à casa dele.

sempre pensava: devia tirar uma fotografia a esta casa verde-água-sujo
e ontem ao ver que adiei demasiado fiquei triste
e vi todas as fotografias que temos dela
e senti o cheiro quente de limalha a arder
e pensei no senhor que teve um ataque epiléptico lá dentro
e no dia do incêndio
e nos anos que tios, pais, primos e irmão viveram juntos naquela casa tão pequena.

já era.

25.5.09

10/50

falta o filme

19.5.09

hmm...

- O que... querias ter feito?Distribuir propaganda? Fazer parte de um partido político?O quê?

me: de me dedicar mais

- Mais? Mais... Estás a aparvalhar porquê? Quantas horas por semana tens livres, para fazeres o que te apetecer?Uma dúzia?E porquê? Porque tens trabalho, iPUM, escuteiros, trabalho, dança, isto e mais aquilo.Tens o raio da vida mais preenchida que já vi! Onde poderias arranjar espaço para te dedicares mais? Algo vai na tua cabeça, não sei bem o quê. Mas parece que... queres mais. Mas acho que tens muito, bem suficiente.

18.5.09

69 - Make a mix CD and offer it to someone with listening instructions and a map.





quando regressei de granada, escrevi uma carta ao xavier, que conheci lá, a dizer que lhe ia gravar um cd de fado .
ontem ao percorrer a minha lista, numa tarde de indolência e chuva, decidi que tinha à minha frente um desafio do caneco.
gravar um cd com um mapa da minha granada, a minha música nos meus sítios: demais.
então aqui está, a minha tentativa. é um exercício demasiado nostalgico, mas que aconselho, é bom de se fazer. o mapa não saiu como o imaginei mas não me sentia capaz de melhor.
agora vou trabalhar!

16.5.09

eu sou eu

é como se estivesse acampar todos os dias, com uma paisagem maravilhosa como pano de fundo e todas as coisas fantásticas inerentes a uma experiência nova.
mas também é duro, horas de trabalho pela frente que não estou mesmo a ver bem, e momentos de calmia.
não estou sempre em êxtase e ainda bem, tenho apreciado tudo muito calmamente, tenho saboreado tudo.
mas eu continuo a ser eu.

32/50


já não sei há quanto tempo fiz isto pela última vez. está a chover, daqui vejo a chuva, daqui do cobertor.

pontas soltas

não sei o que escrever
estão a acontecer coisas estranhas
um balanço
à perfeita medida que umas pessoas vão, outras aproximam-se

como o destino sempre a tentar aconchegar-me

(escrevi coisas que apaguei)

é contornar. está tudo bem.

"tu és mais montanhas" foi a coisa mais bonita que me disseram ultimamente.

31/50

11.5.09

10.5.09

a new batch of poladroids





também fui acampar

e nem foi preciso ir para muito longe, como nós queríamos. a 1ª opção para esta actividade era kandersteg, a 2ª era drave e acabámos por ficar pelo gerês. foi tão decidida à pressa, que nem fizemos a caminhada que tínhamos pensado - subir ao topo da serra amarela.

mas começámos com um belo pic-nic enquanto esperávamos que a senhora nos viesse abrir o parque de campismo. que era em entre-ambos-os-rios e a vista ao sair da tenda era assim:

e depois decidimos que íamos passear e fazer uma caminhada perto do soajo. pelo caminho passamos pela barragem do lindoso:


até que chegámos ao soajo, com o seu incontornável aglomerado de espigueiros. com a serra amarela por trás, que um dia havemos de subir.


escolhemos um percurso que nos mostrou quadros típicos da região. que são motivo de fotografia para o forasteiro, como nós, mas que não deixam de ser o dia-a-dia daquela gente.


no fim de semana das maias, e a vegetação tão típica daquela zona a encher-nos o olhar. a despertar a vontade de nunca mais perder de vista tanta beleza.


animais com que nos cruzámos.
animais sem os quais não podemos (não queremos) viver!



serviço comunitário: um copo para apanhar água da queda fresquinha, para matar a sede.


não tive coragem de a apanhar pela frente, então sorrateiramente, apanhei-a assim. cheia de genica, como mulher do norte que é

o verdadeiro repasto, saidinho da adega.


e o mundo estendido aos nossos pés, quilómetros e quilómetros da nossa terra a invadir-nos o peito e a memória.



e um dia que chega ao fim. nada como tinha sido planeado, mas o suficiente para relembrar a enormidade daquilo que temos aqui tão perto e que constantemente nos esquecemos. foi bom como despedida, como actividade de partida que foi. limpou o pulmão, reconfortou a alma, e fez-me sentir, mais do que nunca, o quanto sou daqui.

e assim foi, como rampa de lançamento para aquilo que se segue.

6.5.09

lamas







sabes bem como é, apesar de se dormir menos e esforçarmo-nos mais, os dias em acampamento são revigorantes. o ar da serra é puro e injecta os pulmões com força. sinto-me feliz aqui. é tranquilo, é simples, é bonito.

4.5.09