21.6.11

mais ermida


russo ou português
importa?
não combina sempre?

hurrah corantios

o aniversário da cátia foi pretexto para a experimentação total de corantes e tudo e tudo e tudo

uma situação 100% aspecto em que mal provei os queques: não era o importante


:x

título alternativo: ou porque a joana não pode ter um blog sobre culinária

grizzly man (2005)

então é assim. isto é um documentário feito pelo herzog sobre um homem que passou 13 anos, no verão, com ursos no alasca. queria protegê-los, ser amigo deles, ser um deles. acontece que, lidando com um dos animais mais perigosos no planeta, o que se passou foi que em 2003 ele foi comido vivo por um urso faminto - ele e a namorada - deixando para trás centenas de horas de vídeo que gravava sozinho.


a meio do filme, começámo-nos a perguntar se isto seria a sério, se não seria um documentário no gozo. toda a história é demasiado surreal para ser verdade, os intervenientes parecem todos avariados da cabeça, é incrível!

mas enfim, não deixa de ser uma história digna de ser contada. a do homem aparentemente louco que queria ser um urso, e acabou por ser comido por eles. tal como queria.
"i will die for these animals i will die for these animals i will die for these animals"

20.6.11

risotto de espinafres: saltear um ou dois dentes de alho picados grosseiramente com folhas de espinafre. acrescentar alguma água se a cozedura dos espinafres não tiver libertado muita. acrescentar o arroz. ir juntando água (ou caldo de legumes para quem preferir) à medida que o arroz vai cozendo. acertar o sal. quando cozido e já no prato, polvilhar com pimenta e parmesão ralado. ou um ovo escalfado; é ao gosto do freguês.

1. 04.11, 2. 04.11, 3. 04.11, 4. 05.11, 5. 04.11, 6. 05.11, 7. 06.11, 8. 05.11, 9. 06.11

~
muita coisa, mas muita coisa boa nos últimos meses.

18.6.11

noone knows the persian cats (2009)

the solitude of prime numbers (2010)

out

no fim de semana passado fomos a entre ambos os rios.
não conhecia ainda o parque de campismo e este é mesmo simpático, com vista para o rio.

depois de uns banhos, almoço, calmarias, fomos procurar lagoas


na ermida


e encontrámos algumas, geladíssimas!


de acesso a implicar banhos de bichos da sede e arranhões


mas é disto que gosto. adoro, aliás.

8.6.11

this week i've been mostly having...




vejo com frequência estas coisas, projectos pessoais de pessoas que decidem desenhar o que vestem todos os dias. normalmente são pessoas que desenham muito bem e têm os guarda roupas mais espantosos de sempre.
eu, sem um ou outro, ando com vontade de desenhar e desde ontem que me apeteceu fazer o mesmo. os guarda roupas normais também merecem o seu ode à normalidade!

7.6.11

a trégua (1963)


há uns anos no verão, tive a estúpida ideia de ler "se isto é um homem" como leitura de praia. o livro perseguiu-me durante muito tempo, como perseguem livros e filmes pungentes e reais. primo levi, um químico e escritor italiano foi preso enquanto partisan nas montanhas italianas e levado em 1944 para aushwitz. "se isto é um homem" retrata os onze meses que aí viveu, as maldades da sobrevivência e a miséria de quem vive sem nada num lager.

em "a trégua", primo levi é libertado. em janeiro de 1945 as tropas russas libertam o campo. conscientes disso, pouco antes, as SS dizimaram o maior número que podiam, excepto os extremamente doentes que estavam na enfermaria - caso de levi. este vive, no meio da febre e da inconsciência, a libertação sem alegria, sem reacção. "a trégua" relata os meses de aventura, mendicidade e intervalo entre a libertação e a chegada a turim, na itália.

este é um livro com uma alegria diferente, com momentos e personagens engraçadas, todas elas vindas de um lager que as corrompeu além do suportável mas que lá se aguentam. de janeiro a outubro de 1945 levi passou por campos miseráveis, fome na polónia, russia, bielorrussia e depois de uma viagem de um mês, chega a itália.

chama-se a "trégua" porque separa o momento em que primo levi vive o inimaginável e o momento em que volta a viver. mas tem de viver com aquilo.

este morre nos anos 80, uns dizem que se suicidou outros que foi um acidente (caiu da varanda interior da sua casa, do 3º andar). entre episódios de depressão levi continuava a escrever e fazia questão de contar as suas experiências em escolas, homenagens - para que ninguém esqueça.

eu li o livro em dois dias, gostei muito. gosto muito da escrita. usa palavras certas, inventa algumas, humaniza objectos, é agradável de ler. e nunca é agressivo, como o que se devia esperar.

3.6.11

o mandarim (1880)

e outro que andava por aí inacabado, já foi.

ah, eça eça, ler assim é outra coisa, não sei. elegante e engraçada. fiquei com vontade de confirmar se os maias continuam a ser o meu livro preferido!