24.6.07

por falar em pretéritos

e eu tenho saudades.

maybe next year...

22.6.07

search skin deep

acho que estou a ouvir uma coisa que já ouviste, a francisca cortesão é boa, é docinha
se tu voluntariamente te embrenhas em pretéritos
os meus vêm ter comigo
hoje recebi e-mails de dois mil e quatro
as primeiras aventuras do nuno em londres - as megastores são mesmo mega, e os livros são baratos!
um e-mail da daniela a desculpar-se por uma coisa que fez e que, de todos, só me contou a mim
a lígia, que nunca aparecia, e que uma vez me escreveu uma carta cheia de lugares-comuns mas que adorei receber
naquele verão terrível escrevi e-mails muito tristes aos meus amigos, e eles responderam-me
agora mal lhes falo
que coisa mais coisa para acontecer. alguns falam de coisas que não faço ideia o que são

das tuas botas, o melhor post de sempre. boa vida
gostava de fazer algo igual com as minhas - que ainda estão na flor da juventude - mas ainda não estiveram em sítios suficientes para o fazer

do teu monopólio, ainda bem que continuas a escrever. eu tenho pensado, e tenho coisas para escrever, mas não me apetece. o teu portfolio fez-me pensar como crescemos com panos de fundo diferentes, como fomos estimuladas em sentidos diferentes, como temos influências diferentes e como desejamos as mesmas coisas para o futuro
dar, aprender, conhecer
wherethehellarejoana'sboots
e elas a dançar sob a aurora burealis da noruega
ou a equilibrar-me depois duma tosga com as aldeãs vietnamitas doidas
ou a serem levadas por um carro vermelho a atravessar o mojave

o a um deus desconhecido está a ser lindo
está a impedir-me de estudar
porque estudo no mesmo quarto em que durmo, e isso está bem, contra todas as leis comportamentalistas
mas estudo no mesmo quarto em que tenho os livros
e isso, finalmente, voltou a estar mal

não o quero acabar, mas quero, porque parece que vai acabar mal, mas pode não acabar mal, tamanha é a fé em algo que não se sabe o que é e que não se admite o que é
é um ode à natureza
é morrer e ser uma árvore
e dar de beber vinho à árvore, porque ela guarda alguém

do Lat. exequias

Exéquias:

s. f. pl., cerimónias ou honras fúnebres.
só para os leigos leitores que não tem a sofisticação linguística da RS.

21.6.07

on my bedside

http://www.lonelyplanet.com/

Countdown: 20 days

cobwebs and old boxes

As arrumações a fundo que faço no meu quarto estão normalmente cheias de boas intenções, mas nunca chegam ao fim. Passo horas a remexer em coisas antigas, ponho-as e montinhos a que depressa perco a organização e o destino. Vejo, recordo, penso para mim mesma no que é que tenho que fazer com elas. Muitas vezes, a to-do-pile é maior do que aquilo que consigo eficazmente arrumar, por isso pego nela e volto a arrumá-la, num sítio diferente.

Só a D. Elvira é que acha que nenhuma destas organizações tem uma lógica prática, estabeleceu uma ordem só dela e eu nunca consigo encontrar as coisas que procuro. Mas não faz mal. Não conseguiria na mesma, e assim, ao menos as coisas têm um ar mais arrumado (segundo os critérios da minha mãe).
Uma das razões que me levam a perder tanto tempo (ou a ganhar, depende do ponto de vista), é que passo imenso tempo a reler cartas, trabalhos e a ver fotos antigas. Um destes dias encontrei o caderno de poesia do último ano da escola na Inglaterra.


19.6.07

old times

after crisis come good times

and after good times come crisis

cycle of life
in the summer, the emmigrants return home
even though they'll never return again
even though they never left

in memory of my boots

o funeral prometido não tem ainda uma foto das defuntas

compradas em 1999 para esta actividadepara a qual também comprei as calças, que deixavam um rasto de azul por onde quer que eu passasse, dando azo à invenção de uma nova modalidade: Sku.


Com as minhas fiéis companheiras, calcorrei metade do Gerês

por aldeias e tradições
(ou em como a bosta é só erva ruminada e fecha os fornos do pão)

acondicionando a descida escorregadia de rios e montanhas

em todos o tipos de estados de espírito

em todos os tipos de tarefas

em vários tipos de transporte (este era batota)

Tiveram um momento crítico, em 2002, quando caí numa fossa suja e gordurosa de restos alimentares, no XX ACANAC.
Mas sobreviveram.

Nesse ano, ainda foram à Tailândia


e até andaram de elefante (apesar de hoje ter vergonha, por ter noção de algumas coisas que não tinha na altura) (shame on me)

fizeram serviço comunitário na escola de uma aldeia thai

Ainda participaram num último ACAREG e num acampamento de aniversário do agrupamento.(aniversário do agrupamento, 2005)

(acareg 2005)

Depois, veio a Suíça e elas ficaram em Portugal, já a precisar de reforma. Calcei-as passado uns tempos, para ir para o monte cortar lenha, quando me apercebi que a sola se desfazia e largava bocados por todo o lado.

Estavam mortas.
Mas tiveram uma boa vida.

Devem ter andado milhares de quilómetros, usei-as em duas promessas, um ACANAC, dois ACAREG's e um Jamboree, para além de dezenas de acampamentos.

Afinal não são só os álbuns dos Radiohead que fazem memórias.
When you got no music, you still got your feet and they take you to places...

Agora, já tenho umas novas. E prometem viver tanto como as outras.

A novos ciclos.

17.6.07

fed up

Amanhã não vou poder ver.
Sorry!

Mas também não pude acampar.
Vocations make higher needs...

:(

15.6.07

cursed times

dreaming of... (an impossible to-do list for current times)

- estrear as botas em mega-caminhada (já estão bem moldadas ao pé, só falta mesmo metê-las a uso)
- ler livros e jornais horas a fio sem sentimento de culpa
- ficar de papo para o ar
- acampar
- acabar a manta da camila
- dar beijinhos
- tirar fotografias
- ver um concerto
- dinner on the balcony
- jogar às cartas
- nadar no mar

...

oh god
é melhor parar

13.6.07

17 pages of bullshit, and counting

"Por outro lado, imaginemos que temos um cliente com sintomas depressivos que dá mais valor às experiências negativas que teve ao longo da vida. Ajudá-lo a explorar ponto por ponto a sua linha de vida pode contribuir para que ele descubra que afinal houve influências positivas e que dar-lhes valor e significado pode contribuir para a sua orientação e recuperação."

Os porcos não vão ter pérolas. Vão ter cascas de maçã, laranja, restos de jantar, pilhas, papel, embalagens e tudo o que normalmente se despeja nas pocilgas (que, afinal, é aquilo que eles gostam). Estou tão contente que seja o último trabalho deste género que me estou a esmerar.
Depois, a mãe Joana vai começar a reciclar e a usar colares caros.

12.6.07

la suite

Entusiasmada com o aumento dos níveis de produtividade, pus o despertador para as 12h, não me deixando dormir mais do que as 8h normativas, para manter os níveis de taralhoquice minimamente controlados.
12h, dizia eu...
às 9 menos qualquer coisa, um estremecimento, um abanão e uma máquina começa a trabalhar e a fazer furos no telhado da minha casa. Andam a mudar as telhas e avisar nem consta do repertório, que a essa hora, todas as pessoas normais estão a trabalhar, ou pelo menos já deviam estar acordadas.

hmpf.

reforços



4 days
contdown: 30

Chegar a esta hora e descobrir que já estão a dar televendas
ou
é, é!
é um jogo!
bom, é qualquer coisa na televisão com demasiadas cores e sorrisos amarelos para que eu lhe preste atenção (se bem que demasiadas cores e sorrisos amarelos já não são exclusivos destas horas).

Só pode significar duas coisas:
- a televisão serve apenas como ruído de fundo (pôr música a esta hora, na sala, é algo que não se deve tentar na casa n.º 7)
- para isso, mais valia estar desligada
- os ritmos circadianos já estão a entrar, de novo, nos eixos
- e, finalmente, TRABALHA-SE!

E que, para chegar a esta (inteligente) conclusão depois de tanto (suposto) trabalho, as vocações devem andar mesmo no auge.

Para o fim de semana, não vou conseguir resistir a ir com o resto do agrupamento.
Já se precisa.

8.6.07

ponto da situação

Contas feitas, nos últimos 3 meses devo ter passado quase 40 horas a passar sempre a mesma experiência. Às vezes, dou por mim a trautear as sequências melódicas quando vou para casa, depois de mais uma tarde a medir memórias e a invejar ouvidos absolutos.
A essas 40 horas, somo mais umas 20 em que fiquei à espera de pessoas que não apareceram. O que vale é que a Gulbenkian tem pianos à disposição e algum do tempo perdido compensa-se a praticar músicas para a aula de quarta-feira.
Durante este tempo todo, fui pouco mais produtiva. Mas já ganhei vontade e ideias para concluir o Projecto, para voltar a tocar violoncelo e, se possível, tocar numa orquestra.
Afinal, não está tudo perdido.