30.11.06

ci vediamo dopo

26.11.06

25.11.06

das coisas

olha, mais um sábado

passado a escrever e-mails atrasados, ouvir música, puxar cabelos, ver fotografias, eleger algumas, o costume. mais ou menos o costume.

algumas coisas tornaram-se claras. essas vieram complicar ainda mais as que não o estavam, mas ao menos há algo para aimar. gosto tanto de línguas que gostava de um dia falar todas as línguas que sei misturadas

Neyunga!lafi bémé? - é moré, o dialecto mais falado no burkina-faso
quer dizer, "olá! tudo bem?"

deu-me força, aquele jazz
continuo perdida como um pardelho
(apeteceu-me a aliteração, apesar de pardelho ser tão feio)
mas tu deves ter sentido o mesmo. o não saber bem mas saber que quando souberes, vais conseguir.

"MÂS AÍ VEM A FRUSTRAÇAM"

bolas, a frase das próximas semanas.

19.11.06

abrazos gratis llegan a graná


ys

15.11.06

falling from grace

You make me satisfied
You only want to ride
But that's alright by me
We happen to be free
For what tomorrow brings
No peace and broken wings
It may have been so good
But now it's understood
'Twas just a night

If I could tear my heart
And keep it miles apart
From love of beast or man
And never give a damn
If I could learn to lie
And never show my pride
I'd be just like the rest
Be someone I detest

I'm always looking for the sun
I'm always looking for the sun to shine

Love...
Destroys the best of us
Then leaves the rest of us
Thinking perhaps we'll die
Yet still we stay alive
Lost in a hollow frame
With lonely tears remain
Not knowing our life's worth
Dragging around the earth
How false the light

You make me satisfied
You only want to ride
But that's alright by me
We happen to be free
And if we fall from grace
At least we had a taste
Of something more than this
Unresolved black abyss

I'm always looking for the sun
I'm always looking for the sun
I'm always looking for the sun
I'm only looking for the sun to shine

12.11.06

e muito mais

poder apanhar um comboio e ir quase para onde quiser caminhar pelas ruelas de sítios que não conheço redescobrir novos recantos na cidade jantares inventados com o que resta no frigorífico cozinhar e fumar um charuto antes durante depois respirar e ver e chorar e tudo misturado tenho saudades ficar montes de tempo em silêncio a contemplar dormir e ver dormir sentir o calor que se deseja todos os dias o abraço amigo sentir as saudades de quem está mais perto do que se podia imaginar passar todo o tempo que quiser sozinha o imprevisto as mudanças de planos o nunca haver planos e fazer bricolage e fazer planos para coisas que nunca foram feitas nettoyer la chambre c'est le rituel trouver la cuisine pleine de gens avec des repas bizarres humous et haricots rouges pour le petit déjeuner avec des oeufs du jus croissants et visages qui me manquent en ce moment ne pas avoir le temps de laisser l'intensité augmenter le temps suspendu de qualquer coisa inacabada que faz com que se tenha que voltar a suspensão no tempo faz com que nos mexamos para continuar sempre continuar se se pára nunca mais se vive

ça se passe trop vite

Tenho tido arrepios.
pela espinha, nas entranhas
psicossomáticos, quem diria
suores frios

em momentos nos quais já não me revia há anos
na missa
em tardes de sábado iguais às de sempre
ao ver caras, iguais a sempre

quando os olhares passam e fogem, querem dizer qualquer coisa e não têm tempo

uma reacção corporal àquilo a que já se ganhou anti-corpos?

ver coisas bonitas já é demasiado difícil, porque dali só se quer correr o mais depressa possível. a passagem, em que nada acontece. à espera de algo que nunca chega, como o outro.

vamos embora? - vamos.
então, vamos.

vamos embora desta espécie de torpor, que impede ou que é em si uma desculpa para que não se olhe para aquilo que é demasiado bonito para não se ver. vamos embora deste sentimento de espera,

as reacções corporais têm mais razão do que se possa imaginar.
a música disse-o.
aquela imagem disse-o.
aquele olhar disse muito mais do que tudo isso.

e este arrepio é que tem razão.

11.11.06

pit er pat

8.11.06

ode aos ratos

Rato de rua
Irrequieta criatura
Tribo em frenética proliferação
Lúbrico, libidinoso transeunte
Boca de estômago
Atrás do seu quinhão

Vão aos magotes
A dar com um pau
Levando o terror
Do parking ao living
Do shopping center ao léu
Do cano de esgoto
Pro topo do arranha-céu

Rato de rua
Aborígene do lodo
Fuça gelada
Couraça de sabão
Quase risonho
Profanador de tumba
Sobrevivente
À chacina e à lei do cão

Saqueador da metrópole
Tenaz roedor
De toda esperança
Estuporador da ilusão
Ó meu semelhante
Filho de Deus, meu irmão


Rato
Rato que rói a roupa
Que rói a rapa do rei do morro
Que rói a roda do carro
Que rói o carro, que rói o ferro
Que rói o barro, rói o morro
Rato que rói o rato
Ra-rato, ra-rato
Roto que ri do roto
Que rói o farrapo
Do esfarra-rapado
Que mete a ripa, arranca rabo
Rato ruim
Rato que rói a rosa
Rói o riso da moça
E ruma rua arriba
Em sua rota de rato

6.11.06

Aquele abraço.

when all can be said and nothing can be done