14.7.08

8. do an Interrail, even if a small one

embora fizesse parte dos meus sonhos há muito, muito tempo, nunca pensei chegar ao final deste ano com ele concretizado. graças à insistência da Rita, concretizou-se. e não me parece que vá ser único.
em primeiro lugar, quero fazer um mais comprido. de um mês. e que sejamos três. embora duas seja um bom número e, neste caso, uma óptima parelha, três é o número perfeito. e o trio em mente ainda mais perfeito seria.a rita já resumiu a viagem em imagens.
budapeste, onde a melancolia é uma forma de ser característica. essencial e peculiar.
bratislava que me encantou, ou melhor, arrebatou para além do compreensível. talvez tenha sido a verdura da eslováquia que me tenha despertado a curiosidade mais do que a cidade, na qual a rita acha (e provavelmente com razão) que eu não conseguiria habitar por mais do que uns meses.
depois, a assombrosa, a majestosa, a imponente viena. que me meteu medo, à primeira, e depois começou, devagarinho a instalar-se nas minhas possibilidades.
depois da imponência, os jardins, muitos jardins. o mercado, que era tão fresquinho e cheio de cor, que era capaz de me mudar para viena só para fazer lá compras.
depois, cracóvia, onde tudo o que podia correr mal aconteceu. o peso de auschwitz, onde se enfrenta tudo o que de pior há na humanidade. e o que há de melhor, por incrível que possa parecer. como se momentos históricos assim pusessem à prova os limites do potencial humano e estivessem agora expostos num museu, para toda a gente ver. e questionar-se do que é que seria capaz.
depois, praga. meu deus. praga. que cidade. parece um cenário de conto de fadas. uma descrição-cliché e só dá vontade de a repetir uma e outra vez. e dá vontade de dar beijinhos (não na rita).

onde a cerveja era just perfect.

vivia lá, se pudesse, com vocês e com o zvo, como no sonho da rita em que fazíamos o pequeno-almoço cheio de pão e frutas e coisas boas e levávamos ao outro lado do pátio e éramos todos felizes e sorridentes e são assim os contos de fadas.

depois, berlim. a inesperada. a movimentada. cheia de influências e histórias e criatividade e movimento e coisas e pessoas bonitas e interessantes. para regalar o olhar e o ouvido. e nunca pensei ouvir a rita dizer "hmmm, aquelas salsichas cheiram bem!"

em todos os sítios que passávamos, construíamos uma nova vida, quinhentas mil novas vontades. quisemos viver em todo o lado, ela mais nuns sítios, eu mais noutros. mas sempre percebendo que alguns dias é muito menos do que o suficiente para perceber, para se entranhar na beleza que todos os sítios têm. devia ser esse, o princípio da vida nómada. sugar tudo o que há de bom de um sítio, e depois passar à frente. assentar apenas o suficiente. nunca se instalar. podia fazer disso um estilo de vida.

2 comentários:

Anónimo disse...

ohoho:) Emocionei me tanto com este post que nem parece que fui eu que fiz o interrail contigo :P
Eu gosto da tua sugestão de estilo de vida :D

Joana disse...

que lindo que lindo
on va voir