4.10.08

outono

já cheira a frio. daqui a nada as folhas caem das árvores e o quintal da minha avó vai estar cheio de nozes para apanhar, caídas da grande nogueira que a minha tia trepava para sacudir os ramos. agora já não é preciso fazer isso. a nogueira é tão grande e dá tantas nozes que elas caem todas sozinhas e não faz mal que as outras não caiam porque mesmo assim, já são muitas e dão para muita gente.

cheira a outono, cheira a fins de dia frescos e activos, já me sinto mais desperta, menos molengona e com mais vontade de fazer coisas.

fiz bolachas (às quais tirei fotos que não tenho aqui) e embora me tenham chamado genial por tê-las feito, não fiz mais do que seguir a receita. agora que reparo, não ficaram bem iguais, deve ser das quantidades bizarras que usei, e da próxima vez vou experimentar com nozes. das da minha avó, claro.

quero muito aprender a fazer marmelada e compota de tomate (já tenho quem a coma). fazer um cobertor para o bebé gabriel ficar quentinho no inverno. bonecos de pano e meias para calçar com tecidos e lãs que ougo de cada vez que entro na retrosaria.

tirar mais fotografias como as que revelei recentemente, andar sempre com a máquina e andar sempre de bicicleta. ir às vindimas e comer castanhas e passear, mais do que tudo, passear.

fomos dançar ao porto, com a rita, que já se foi. fica mais um buraco no nosso dia-a-dia, mas é assim que a vida se leva, estação por estação. já a que vem a seguir trará outras andanças, outras mudanças, novos movimentos, novos receios, novas descobertas.

1 comentário:

cursed eyes disse...

lalalala
li isto com o meu queixo pousado na cabeça dela
(she sighed)

o outono e as poesias e as folhas, maravilha