já há muito tempo que não saía de casa, para não dizer da cama, num domingo de manhã em que não tivesse programa. os domingos são sempre para pôr o sono em dia, acordar, virar para o outro lado e voltar a adormecer. fazer mossa no colchão.
ela pediu. o céu espreitava assim pelo telhado do prédio.
e assim pegámos nas bicicletas. ela a cair de cada vez que parava, porque os pés não chegavam ao chão da bicicleta do teu irmão. e eu a dar à perna só para conseguir mover os pedais ferrugentos da minha bicicleta velha (nem quero pensar no que o mecânico das bicicletas terá dito quando o meu pai lhe levou aquilo para arranjar)a minha querida amiga bicicleta preta. recebi-a no primeiro natal que passamos em inglaterra. ou terá sido no segundo? já não me lembro bem. puseram-me a roda no sapatinho e o resto no sótão (que uma vez teve uma colmeia verdadeira e tiveram que chamar os exterminadores, mas isso é outra história). num desses natais, também recebi o meu saco-cama que já foi comigo a tanto lado, e ainda dura. (e fez 15 anos que fomos, no dia 14 de fevereiro)
demos uma voltinha. pequena que foi. mas domingos solarengos são bons para pôr a roupa a secar ao pé do rio este, e para meninas ciclistas trapalhonas andarem a tirar fotografias à socapa.
5 comentários:
adoro a roupa estendida
não gosto nada desse conceito de domingo. o meu nunca foi assim e espero que continue a ser o meu dia preferido da semana, porque é o dia de coisas bonitas, como estas
qual conceito de domingo? de andar de bicicleta de manhã?
nao, o de dar mossa a cama
nao, o de dar mossa a cama
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