9.8.09

da islândia - thingvellir

o que queríamos mesmo chegou dois dias depois. aqui já nos habituáramos ao sol permanente e já tomávamos o bom tempo como garantidos. com os novos companheiros, fomos para o noss destino dos próximos quatro dias: o parque nacional de thingvellir, a cerca de uma hora de distância de reykjavik, de autocarro.

o primeiro dia foi ocupado com passeios pela zona. "althingi, o primeiro parlamento do mundo" entre aspas minhas, porque ainda me falta ver como é isso possível. e com a constante admiração com a paisagem. ainda agora, no fim de tudo, elejo esta zona como o meu local preferido. acampamos ao pé de um lago, acampamos num paraíso de tranquilidade, a ver uma paisagem tumultuosa mas silenciosa à volta.

o bom que deve ser criança neste verão interminável. não te dás conta que a brincadeira deve estar para acabar porque já começa a escurecer. não escurece, e tu dás por ti a observar crianças a brincar à beira do lago às dez horas da noite, enquanto os pais pescam.


e pesca-se muito!
esta menina ia perguntar à mãe como se diziam palavras em inglês para vir falar connosco. apercebi-me que nunca conseguirei tirar fotografias como as que mais gosto. porque as que mais gosto são tiradas a norte. têm uma palidez e uma frieza. que só o conteúdo faz esquecer.


divertimo-nos. este pontão era o meu lugar preferido. quero voltar, mas quero mesmo, voltar àquele pontão.
o mapa do parque nacional.


o cabo coração que o o. encontrou, e onde fez questão de dormir a sesta.


e nos dias seguintes começaram as novas experiências. pela primeira vez fiz caving. é uma ginástica física e mental que me entusiasmou muito. como passar o corpo através destes buracos tão pequenos? os canais de lava são escuros, têm pingos endurecidos nas paredes e temos de andar de joelhos e raspar as costas e o rabo nessas paredes. é novo, gostei muito.
no dia seguinte fizemos algum serviço ao parque, abrimos e limpámos trilhos. mas a verdadeira jornada vinha no dia a seguir: tínhamos de subir o vulcão sjkalabreidur, com 1060 metros de altitude. foi o melhor substituto encontrado para o hekla, que iria ser a nossa primeira opção, se não tivesse entrado em actividade recentemente. azar ou não, acordámos para o dia mais frio de todos, com ventos demasiado fortes a causar tempestades de areia...o autocarro deixou-nos a 400m, faltava-nos subir o resto.
o cenário era de um verdadeiro deserto, inóspito e seco.

aqui vemos a cratera do vulcão, já lá em cima, coberta de neve, num cenário oposto ao que vimos inicialmente! o esforço não foi nada de extraordinário, mas não é todos os dias que se sobe um vulcão...daí os nacionalismos bacocos que se seguem!


a equipa na NEVE!
e a poeira que nos aguardava de novo lá em baixo. chegámos ao campo sujos, com a pele estalada e queimada, mas incrédulos com mais um dia de cenários lindos.
infelizmente, acabava-se esta parte da actividade, e fomos para o acampamento geral, talmbém ao pé de um lago, no centro escutista de ulfljótsvatn.

1 comentário:

Dom Pexote disse...

Carai, que coisa bela!