lá, previa três meses de procura. ainda não o são, mas estão quase a ser, e só imaginar que até podem ser mais, que é normal, aflige-me.
isto tudo afecta, já não sei se gosto assim tanto do que achava gostar, não sei em que sou boa, não sei do que gosto, não sei o que quero fazer.
há meses que preencho formulários e perguntam-se sempre coisas que não sei responder. mas não há escapatória: são formulários, fórmulas para agrupar as pessoas consoante o que fizeram, não o que querem ser ou fazer.
confortou-me ler que só porque um sistema não me aceita não quer dizer que não tenha talentos. os sistema pede coisas esquisitas. o sistema confunde e não respeita. não diz nada de volta, não diz nada nunca.
imagino que alguém ocupado pense que até é bom, ter tempo para fazer o que se gosta.mas não faço o que gosto sequer. sinto-me a perder tempo. sou ocupada na mesma, a minha ocupação é procurar ocupação. quando não o estou a fazer sinto a culpa de procrastinar como quando tinha as horas contadas para inúmeras tarefas. há sempre muita pressa. muitas coisas que é preciso tentar, mas que nunca dão em nada.
eu não tenho nada. continuo optimista. mas isto desanima, tem dias e dias.
1 comentário:
não me parece que alguém ocupado inveje o teu lugar, jo. pelo contrário, ocupação não me falta, e fico aflita só de pensar no que estás a passar, e na possibilidade de daqui a uns tempos poder estar no mesmo lugar. ninguém te inveja, todas as pessoas que te rodeiam ficarão mais descansadas, tu mais do que todas, quando encontrares alguma coisa que te sirva bem!
porque hás-de encontrar...
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