25.8.11

servidão humana

já o acabei há cerca de uma semana, no carro, a caminho da amorosa em viana do castelo. não foi o melhor ambiente mas estava assim de ansiosa.

acompanhámos o protagonista desde criança até à idade adulta. afeiçoamo-nos a ele e eu fiquei verdadeiramente irritada quando o magoavam.
o livro é grande mas de leitura fácil, a linguagem é simples, e as reflexões do protagonista são familiares e engraçadas. porque ele está sempre à procura de algo, passa por londres, paris, sonha viver em espanha, e sente que nunca está feliz, que está sempre tudo noutro lugar. então o livro é um bocado isso, de como o humano é sempre servo de algo, das vontades, de sonhos, de nunca estar satisfeito.
apesar de não ser central tem também uma história de amor incrível e injusta. e é um livro fofinho!

8.8.11

crime e castigo


apesar do nome, ao longo da leitura, raramente pensei se o castigo viria ou não. é que ele é tão falado e temido que se torna tão presente e dúbio que quando ele chega, bem no final, até surpreende.
o livro é bom de ler, se bem que sempre cheio de personagens tristes e miseráveis e pesadas. raskolnikov, o protagonista, começa por ser um estudante pobre com pensamentos demasiado grandes sobre a grandeza do homem e acaba por ser um homem mais calmo, que se aceita assim. sem cabelo, magro, mas com amor.
se a s. petesburgo era assim mesmo, bem, que deprimente era. em todo o lado bebedos e pedintes e pedantes.
e em todo o lado rumores e histórias e os delírios de raskolnikov a toda a hora, o seu medo de ser descoberto sempre mas ele sempre de língua aguçada.
sobre convenções, o bem e o mal, o heróico e o mesquinho, que talvez seja apenas uma questão de dimensão ou de relato histórico (napoleão matou tantos e é tão grande e eu matei uma tão má e sou tão castigado).
off to servidão humana. umana. eheheh.