14.3.07

if you would

je vais essayer d'écrire en français
hier j'etait dans la rue et je voudrais que tout au retour etait en français!
putain, c'est trés trés douloureux écrire comme ça

olha, merda
e pensar que enfim, já conversei
:(

estou a tentar fazer uma coisa e a conseguir, mas não sei se estou feliz com isso

aprendi que não posso ser eu-eu quando me apresento a pessoas que não me conhecem
já apanhei com um silêncio longo
e, pelos vistos, já enganei
"calma calma, que ela sabe o que quer"
o tanas, seu tótó, mas melhor assim

hoje recebi o fup, dois anos depois o meu pato regressou a casa, após ter passado pelos EUA e por Berlim

apercebi-me que a infância da minha mãe foi bastante surreal
choques eléctricos
estaladas na cara em ruas desertas
muito esoterismo e cenas fantasmagóricas
as imagens mentais são fabulosas

morreram duas pessoas conhecidas nas últimas duas semanas

hoje a minha mãe esteve a explicar-me como são os velórios na igreja de s. vítor
é uma salinha pequena, o caixão, e bancos

anda por aí.

depois do livro dos mortos de belleville tento fazer o meu, pragmatizando-a. ora, entre lábios pintados, cinzas em mosteiros cartuxos, corpos em tábuas frias, compilam-se informações que assim até parecem...ficção, longínquas.

o outro dizia que quando se morre, só se muda de bairro e passados alguns anos, mudamo-nos para o campo. isto faz-nos coexistir (de repente o verbo pareceu desadequado e de repente já não o pareceu) com mortos, que afinal, vivem, mas vivem diferente e melhor!
não podia haver melhor perspectiva sobre a coisa. permitia-me ver a aurora burealis que possivelmente não verei em vida, lá no campo frio onde iria morar.
e teria uma agenda telefónica secreta.
e outros segredos

1 comentário:

joui disse...

i can't do this.
ainda não consigo dizer
descrever
mentalizar
i can't do this.