11.11.07

I should do this more often

Passaram-se duas horas, e nem meia parecia, se é que se pode falar sequer em contagem de tempo, num concerto que te leva way beyond driven, como dizia alguém que conheço.
Faz-se desaparecer o auditório, as cadeiras, as pessoas, és tu e a música e o pé que não pára, ou a mão e deixas entrar (ou sair) aquilo que bem lhe apetecer na corrente de consciência.
O Garbarek brinca com os seus saxofones como quer e como bem lhe apetece e daquela cumplicidade entre os quatro elementos, sai mel para os ouvidos. O baixista fez um solo como eu nunca vi (não que tenha visto muita coisa) e o pianista era louco. Um louco com um Steinway nas mãos. Do baterista, gabo-lhe a cor, a musicalidade que dá àquilo que toca.
Em dias assim, a vontade é de ir embora de ouvidos tapados, para não entrar mais nada.

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