Finalmente surgiu a oportunidade de aprender o instrumento que mais me fascinou desde que oiço música. E isso já leva uma porrada de anos.
Acontece que só recentemente descobri que apesar de gostar de pianos, de violoncelos, de instrumentos clássicos em geral, o que me faz vibrar é a música feita pelo povo e não há nada mais campestre mais da terra do que a gaita de foles.
Senão vê. Reza a história que a gaita (picha em galego, não facilitam também...) surge intimamente ligada ao clima serrano. Com um ronco que faz lembrar a ronca do farol, dizem que o pastor levava a gaita para o monte, para onde ia pastar as ovelhas, e quando baixava o nevoeiro tocava a gaita, cujo som pode ter até um km de alcance, para chamar os bichos. Daí o fole que prolonga o sinal.
A questão é, está a ser um verdadeiro desafio a par de um empenho que devia dedicar a outras coisas, segundo a minha mãe. É difícil. Quando faço coisas, quando toco flauta, quando aprendo um ritmo, quando treino nas teclas, as coisas saem bem. Quando pego na gaita de foles faço força e fico tensa e tento e tento e sinto que nunca vou conseguir porque sou fraquinha dos braços mas depois oiço um Bailate Carolina ou uma Vals de Miró, que são tão simples e tão bonitas, e penso que na na, vou conseguir e vou tentar e esfarelar músculos do braço, da boca, de one for preciso, mas hei-de ser uma gaiteira lampeira!
5 comentários:
e pinta de gaiteira lampeira que tens!
não precisas de esfarelar os músculos, basta treiná-los ;)
isso vai ao sítio!
e já que estamos nos instrumentos
eu gostava de tocar bateria :D
sua gaiteira lampeira, vais ver que vai valer a pena o esforço! quero muito ouvir-te tocar!boa sorte :)
hi o rita! assim não dá! venho comentar e já estou aqui sem saber! como é que queres resolver isto pá?
eu gostava era de tocar viola ;)
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