esta semana, no primeiro dia de férias, fui com a rita e a joui ao museu da imagem. uma casa antiga e remodelada que está a paredes meias com o arco da porta nova - a entrada da cidade que nunca teve portas (conhecem a expressão "deixaste a porta aberta é porque és de braga"? pronto).
as duas irmãs, 1983
nunca lá tinha entrado e não podia deixar escapar esta exposição, crónicas portuguesas de georges dussaud. acompanhada lá fui. apesar de ter trabalhado num museu quando andava no liceu - nas férias do mesmo, claro - ainda sinto aquele pudor ridícilo de entrar sozinha num sítio desconhecido. nunca fui a um museu com os meus pais, não fui habituada nesse sentido, e odeio que a cultura me pareça estar na prateleira de cima, difícil de alcançar. porque normalmente está, mas quando não está, há que agarrá-la e aproveitá-la. e o que custa é começar, porque lá irei muitas mais vezes.
não compreendo como é que é preciso um estrangeiro vir a portugal, apaixonar-se por portugal, querer prolongar portugal e fazer este extraordinário trabalho de recolha e registo de vidas e tradições. quer dizer, compreendo, e até me alegro. é-lhe mais fácil ver coisas que não vemos, reconhecer maravilhas perecíveis que nós não cuidamos, porque não as vemos.
esta foi a minha favorita. quando vamos ao gerês?
agrelos, serra do barroso
as cores a preto e branco, fizeram-me imaginar estes cenários nos 60's e 70's. não, são a partir dos anos 80. não devem ter mudado muito desde o tempo em que os imaginei, e se calhar não devem ter mudado muito até agora. e cheguei à conclusão que - e não há escapatória à minha indiferença quanto ao mar (às vezes desaparece) - que as fotografias à beira mar, de pescadores, de sargaceiras me eram bonitas, muito. mas as fotografias no interior, de hortas, agricultura e crianças livres (livres?) me eram muito mais.
26.7.08
20 - Visitar o museu da imagem em Braga
Postado por cursed eyes às 3:31 da tarde
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1 comentário:
essa também foi a minha preferida, e a dos meninos com as capas na cabeça e a neve.
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