13.5.08

1º D - Teresa Boémia


1º E - Júlia, a Engomadeira Infeliz


2º D - Casal Gomes


2º E - Irmãs Arminda e Carolina

the clock started ticking today

daqui


The final countdown and cheers to working (and getting things done) under pressure.

9.5.08

ana deus - lenga longa

considero OBRIGATÓRIO ouvir a música Lenga-Longa de Ana Deus. Que bri-lhan-te!

self-made coisa e tal
fabricante de bandeira
kit-kat, capital
na parque de fronteira

falocrata à paisana
pico pico saramico
sanduiche americana
quem te deu tamanho bico

senta-te, não caias
cala e come a tua mão
menina saia das saias
homem não se quer chorão

ai não queres, adeus viola
quem pode não sai de cima
da foda não reza a escola
muito perdoa quem rima

muita carne de terceira
com molho tudo se engole
pergunte à alternadeira
se a moral não anda mole

central foveas nuclear
guerra sempre preventiva
gasolina pró jantar
que a gente em nada se priva

era uma vez um país
à beira mar chamuscado
porque deus assim o quis
de cinza e negro pintado

era uma vez uma terra
lá vem um lá vão dois
onde a carroça se enterra
terão de passar os bois

nem tanto ao mar
nem tanto à terra
há gente que ladra ao luar
mas à luz do sol não ferra

gira lá a roda da sorte
gosto de ouvir-te chiar
pois dever-se até à morte
me deixei embalar

caluda, bolinha baixa
o salazar é que era
o povo a toque de caixa
nesses tempos, quem me dera!

futebol de canapé
nossa senhora da bola
tenho medo e tenho fé
cerveja com muita gola

oh senhora dos parolos
que fazes numa azinheira?
precisamos é de golos
e missa futeboleira!

se é pobre é porque tem culpa
se é preto, tira-lhe a tosse
se é puta, que pague a multa
e se é puta antes não fosse

se é bicha, gela com ela
se é bicho atira a matar
se é jovem não lhe dês trela
se é cota não tem lugar

se é doente, já não presta
se é carente compra um cão
se é urgente não tem pressa
se caiu, deixa no chão

rebeubeu, pardais ao ninho
portugal em calção
no sotão só macaquinhos
na cave gatos, sapatos

8.5.08

e sonhei

que um comboio que ia para lá
lhe cortou as pernas

Steadfast and True

So glad to see you smiling

7.5.08

apple crumble is a memory

Esta fotografia não é minha. Veio desta receita, que eu tenho vontade de fazer. Mas ainda mais do que a vontade de fazer, é a vontade de comê-la com clotted cream, aquelas natas maravilhosas que eram típicas de Devon, com as suas vastas pradarias e moors verdinhos. A minha casa durante três anos. E com essa vontade, vem a vontade de revisitar.

açambarcar

É a palavra do dia, açambarcar. Estou furiosa, mas estou calma. Furibunda é uma palavra mais bonita, mas continua-me sem entrar na cabeça estas coisas. Incrédula é uma palavra muito boa, também, explicaria muita coisa.

Ontem à noite andamos na mala do carro da Ana. Eu e a Rita. Tu sabes o quanto eu gosto de malas de carros? De me deitar e de mudar de pistas, usar outras pistas que não as habituais para me situar. No carro, como na vida? I wish, gostava que assim fosse. A música do carro da Ana era engraçada, e eu e a Rita fizemos sinfonias inacreditáveis para acompanhar a música, ridículas. Gargalhadas boas, gritaria da velha, o que fosse que saisse, enquanto a Ana e a Célia se escangalhavam a rir lá a frente. Soube bem, soube a libertação, soube a estupidez saudável e até já via coisas mais bonitas na rua sobre as quais normalmente tropeçaria sem ligar, ou nem sequer veria.

E hoje apetece-me cozinhar todas as coisas que ontem tinha vontade de cozinhar. Passei a manhã a ver blogues de cozinha e a ter vontade de cozinhar ainda mais quinhentas mil coisas. Mais do que a vontade de ter uma máquina fotográfica para mostrar ao mundo, preciso de gente a quem dar de comer. Um jantar urge, minha filha. Um daqueles para deixar fluir a loucura. E deixar-me sujar (muito) a cozinha.

Pufavóie?

1.5.08

The "What the hell is Joui doing with all these sugar packs in her bag?" Contest

Um prémio para quem adivinhar, e outro para a resposta mais original.
Os prémios estão relacionados com a resposta, por isso não posso divulgá-los, de momento!
P.S. - "Resposta mais original" quer dizer "a que eu mais gostar". Por isso, sim, tratem-me bem que eu posso ser subornada/comprada/seja-o-que-eu-quiser. Fairplay? Who cares...?

30.4.08

in my bag

porque colei a ver o que há no saco dos outros durante muito tempo hoje, eis o que há no meu


Ando com os teus CD's há dias e dias na mochila, mas esqueço-me sempre de tos dar. Os lápis de cor já foram mais usados pelos meninos que vão ao consultório do que por mim. Hoje perdi a tampa da pen - já tardava. Mas desconfio que ainda a vou encontrar, estranhamente. A minha Sigg é maravilhosa. As chiclets não ajudaram em nada a pressão nos ouvidos durante a aterragem, ainda hoje estou a sentir os efeitos - ou será da cera? E os meus cadernos, já não lhes escrevo há tanto tempo... precisava era de uma máquina nova (de uma máquina, ponto) para tirar uma foto por dia.

me likes

wooow!

que bela ideia para postais
se bem que o que vedem são as correntes

oh maria, keep my data safe!

hahah

alguém falou na teórica da organização?
sunt eu.


monster hoodies



Young Me Now Me


limpar o chão enquanto andamos?
brilhante!

um à esquerda, o outro à direita
um casal a 3191 milhas de distância
retrata o quotidiano
para o outro

o eterno interesse pelo que guardam as nossas bolsas
de J Trav

18.4.08

17.4.08

Stereolab - The Free Design

deu-me para velhices hoje

hoje


a funny bird that never lands

Draw a character based on someone I know


Estamos em 1982, Brandon, depois da vida ligada ao movimento hippie desligou-se dos 60's a partir do momento que conhece Lauren, sua actual esposa. Com ela torna-se um romântico incontornável, cosem quilts à lareira e fumam, pontualmente, marijuana.
Adora vermelho, flamingos e motas, lê Dostoievsky, não bebe alcool e tem um cão chamado Drago. Come os seus cereais, a sua comida preferida é a vietnamita, sabe cozinhar comida indiana e fala quatro línguas.

11.4.08

10.4.08

si je me pique


si je me pique, originally uploaded by (bobi + bobi).

7.4.08






fotografias do rui

minho









6.4.08






5.4.08

Colleen - I'll Read You A Story

colleen, electricidade, boteco e o soajo


a partir do insecto milenar das cordas, algo que tu dizes horrendo, criou-se o mais delicado micro...cosmos? não era isso que ia dizer, mas se tudo é estrelar, são luzes a piscar, há que usar adjectivos mais altos. vimos a contrução de camadas, as maravilhas da electricidade, como é divertido brincar com sons, bolas, é etéreo, é voar, é mesclar-se em fluídos e detestar as palmas que estragam tudo. foi lindo

hoje, o boteko. no porto passa-se ao lado, um tasco mais, reparei porque confundi com botero, mal imaginava que dentro de horas ia parar lá dentro. as mesas com toalhas de pano, partilhadas. alguém levanta-se, fecha a porta, e eis que quem antes se confundia com regulares do boteco, se revelam fadistas, e as vozes de carraspanas, de repente, limpam-se para cantar. às escondidas, arrepiam as costas de quem lá apanham, e isto assim, crú, nunca tinha visto, só que isto assim, crú, é que é o que é.

Não é desgraça ser pobre,
não é desgraça ser louca:
desgraça é trazer o fado
no coração e na boca.

Nesta vida desvairada,
ser feliz é coisa pouca.
Se as loucas não sentem nada,
não é desgraça ser louca.

Ao nascer trouxe uma estrela;
nela o destino traçado.
Não foi desgraça trazé-la:
desgraça é trazer o fado.

Desgraça é andar a gente
de tanto cantar, já rouca,
e o fado, teimosamente,
no coração e na boca.

Como se não bastasse, amanhã, o soajo. mais uma daquelas caminhadas que limpam o sangue e a alma, e espero mesmo que a alma. da primeira vez que fui ao soajo, devia ter uns onze anos. conheci uma menina que me disse que os pais plantavam batatas e que adorava bacalhau. estava numa bicicleta. alexandra? sem querer terminar de forma poética, lembro-me muitas vezes dela. que vive num dos meus sítios preferidos.

1.4.08

ishuffle















estou em permanente shuffle desde há uma semana atras
a música, em shuffle
os posts, ora ponho, ora tiro
mas o maior de todos
está cá dentro
permanentemente
em modo aleatório
ora saca isto e ri
ora saca aquilo e chora

27.3.08

mosaic

cooking for my darlings


que saudades que eu tinha

I says, I've been happy these days

o dia em que descobri que dançar era fixe

Não se vê eu a tropeçar nos pés do Araújo, nem a calcar os pés do Ferreira, nem a quase derrubar a pequenina da Liliana.
E não se vê a minha cara de euforia a querer mais e mais e mais quando já tava tudo estourado e pronto para acabar.
Mas viu-se que dançar era bonito, eu já sabia que andava a perder qualquer coisa estes anos todos que não fui ao Andanças, mas este ano estou lá batida. Para passar uma semana inteirinha a romper as solas dos sapatos.

90. Get to know 10 traditional music groups (5/10)

Este post já era há mais tempo. Também descobri, como viste, o que te anda a fascinar há meses e pegaste-me o bicharoco. Se pudesse, passava o tempo a dançar.
Por causa disso, e daquela semana louca fúmpica conheci:

Pé na Terra




A Velha Gaiteira

Os primeiros, apaixonei-me por eles. Os segundos, fizeram-me pinchar como uma doida. Quero mais. Ainda por causa do FUMP, os Sons da Suévia e a Volta do Agro. O resto não considero, estes foram os que gostei, os que me caíram no goto.

Depois, ouvi os Minuit Guibolles. E como não me lembro de mais nomes, já posso contar com 5, não posso?


, originally uploaded by riu piu piu.

13.3.08

trouxe o meu caderno para aqui porque estive a desenhar. depois descobri uma coisa que tinha escrito em dezembro, chamava-se o estado da arte, e foi um registo de quem achava que aqueles eram os primeiros dias do resto da vida.
três meses depois, mudava algumas coisas, não muitas. os meus amores continuam igualmente fortes, os meus desamores também. continuo a gostar de guylian.
tenho de sair
não o vou escrever
mas é boa ideia de se fazer
de vez em quando
o estado da nossa arte

"Chego a Mdumbi e podia fazer o que a estrada me pede. Não seguir viagem. Seguir o instinto, que garante que há qualquer afinidade freática entre o meu organismo e este pedacinho de Transkei, qualquer corrente química subcutânea e subterrânea que me relaciona com tudo o que existe aqui. Algo puro e profundo, como a água que agora corre nesta aldeia. É para isso que se viaja, para descobrir lugares que nos correm para dentro da alma."

África Acima, Gonçalo Cadilhe