31.7.08
30.7.08
a joui às vezes escreve assim
sms 1: tava aqui a pensar quando é que a tradição portuguesa me começou a fascinar (sim, também me fascina, embora como mera curiosidade, ou sentimento luso, se lá), e sabes quando foi?
sms2: quando foste para a suiça?
sms3: exactamente. quando percebi que casa era aquilo que cada um trazia consigo da terra e como não era paisagem, nem cheiro, nem a terra em si, era aquilo de que mais fiel tinham. por isso é que os emigrantes são parolos, porque preservam, com as devidas adaptações, a única coisa que os identifica. juntando esse esforço de preservação à vontade de integração, temos uma terra de ninguém, que nem a comunidade de partida, nem de destino compreendem. "cá sou imigrante, lá sou estrangeiro" e tudo acaba por inverter o ditado, porque afinal de contas "the heart is where home is". Uf! :)
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cursed eyes
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29.7.08
leituras de verão #1

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joui
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26.7.08
michel giacometti
enquanto procurava imagens do dussaud, deparei-me com homenagens ao michel giacometti. o nome era-me familiar, especialmente porque já tinha lido o tiago pereira falar sobre o seu trabalho de recolha e espólio blindado nos arquivos públicos-não-muito-públicos da rtp. mas, de resto, uma vez mais temos um francês encantado com portugal, suas culturas e seus hábitos.
(e o museu do trabalho michel giacometti que está em setúbal e eu não sabia? tantas vezes passei por ele e só via museu do trabalho com um manequim dos correios na montra...)
veio para portugal no final dos anos cinquenta, interessando-se pela recolha e gravação de música popular portuguesa. percorreu o país de lés a lés nos vinte anos seguintes, radicando-se nas localidades mais resquecidas e longínquas, recolhendo criteriosamente as expressões musicais genuínas do nosso povo. dizem que é ainda o dele o mais exaustivo levantamento da cultura musical portuguesa, com centenas de instrumentos musicais, fotografias, recolhas de literatura popular e instrumentos de trabalho.
Editou com fernando lopes graça uma antologia da música regional portuguesa (1963, em cinco volumes) - que eu quero muito encontrar - e, em 1981, um cancioneiro popular português. "foi ainda autor de uma série de documentários televisivos, sob o título povo que canta. grande parte do seu espólio musical (também pertencente ao acervo do museu nacional de arqueologia e etnografia, em Lisboa) encontra-se ainda por editar ou organizar." (by wikipedia)
Foi esta antologia o fruto das primeiras pesquisas que Giacometti realizou em Portugal. Pôde contar com a preciosa colaboração de Fernando Lopes Graça, patente na selecção dos trechos musicais e na análise musical dos mesmos. A reedição conservou as palavras explicativas de Giacometti e os importantes textos de Graça. Embora não comporte as fotografias da pesquisa, que muito a enriqueceriam, incluiu as letras dos cantos, sempre importantes para uma melhor compreensão e acompanhamento.
É muito de louvar esta reedição dos célebres «discos de serapilheira», que na altura alcandoraram Michel Giacometti a um lugar destacado na etnomusicologia portuguesa. Foi desde logo o impacto fortíssimo do primeiro disco da série, dedicado a Trás-os-Montes, que trouxe aos intelectuais citadinos tradições e sons longínquos de um campo que inteiramente desconheciam. (attambur.com)
Ui, que agora já descobri mais nomes, e anteriores!
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20 - Visitar o museu da imagem em Braga
esta semana, no primeiro dia de férias, fui com a rita e a joui ao museu da imagem. uma casa antiga e remodelada que está a paredes meias com o arco da porta nova - a entrada da cidade que nunca teve portas (conhecem a expressão "deixaste a porta aberta é porque és de braga"? pronto).
as duas irmãs, 1983
nunca lá tinha entrado e não podia deixar escapar esta exposição, crónicas portuguesas de georges dussaud. acompanhada lá fui. apesar de ter trabalhado num museu quando andava no liceu - nas férias do mesmo, claro - ainda sinto aquele pudor ridícilo de entrar sozinha num sítio desconhecido. nunca fui a um museu com os meus pais, não fui habituada nesse sentido, e odeio que a cultura me pareça estar na prateleira de cima, difícil de alcançar. porque normalmente está, mas quando não está, há que agarrá-la e aproveitá-la. e o que custa é começar, porque lá irei muitas mais vezes.
não compreendo como é que é preciso um estrangeiro vir a portugal, apaixonar-se por portugal, querer prolongar portugal e fazer este extraordinário trabalho de recolha e registo de vidas e tradições. quer dizer, compreendo, e até me alegro. é-lhe mais fácil ver coisas que não vemos, reconhecer maravilhas perecíveis que nós não cuidamos, porque não as vemos.
esta foi a minha favorita. quando vamos ao gerês?
agrelos, serra do barroso
as cores a preto e branco, fizeram-me imaginar estes cenários nos 60's e 70's. não, são a partir dos anos 80. não devem ter mudado muito desde o tempo em que os imaginei, e se calhar não devem ter mudado muito até agora. e cheguei à conclusão que - e não há escapatória à minha indiferença quanto ao mar (às vezes desaparece) - que as fotografias à beira mar, de pescadores, de sargaceiras me eram bonitas, muito. mas as fotografias no interior, de hortas, agricultura e crianças livres (livres?) me eram muito mais.
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25.7.08
23.7.08
para as férias
é óbvio que acabei
QUERIDOS LEITORES E LEITORAS
ESTOU DE FÉRIAS!
hoje, defendi a minha tese de mestrado, e correu melhor do que imaginei, e mal terminou fui à biblioteca entregar "Fêtes d'Europe" e "Etnologia Minhota" e trouxe estas pérolas que aqui vos mostro.
agora, sem peso nas consciência, com o futuro em branco (mais ou menos, em cinzento clarinho) posso fazer o que eu quiser.
e o que eu quero é devorar estes livros.
e sei lá que mais
terminou o pior ano de sempre
estou feliz só por isso, ficaria feliz só por isso.
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20.7.08
17.7.08
saber o que se quer
ah, estou animadissima com o meu trabalho
e 5 minutos depois
oh, porque raio é que eu quero fazer um doutoramento?
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16.7.08
heatwave
ou eu estou mais uma vez a fazer as coisas à última da hora, como sempre
ou então só se trabalha mesmo quando a brisa fresca de fim de tarde começa a entrar pela janela.
estes dias têm estado bons para fazer aquilo que eu não posso: sentar à sombrinha ou na borda do mar, piscina ou lagoas (nisso, não sou nada, nada esquisita).
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joui
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isto
já ultrapassa qualquer tipo de procrastinação possível e imaginável.
isto já devia estar arrumado. não consigo concentrar-me, em dois dias consegui construir cinco diapositivos e não vejo forma de voltar a pôr a cabeça neste trabalho quando ela já estava lançada para longe, bem longe.
i want to get on with it and now i'm stuck.
felizmente que numa semana estará tudo acabado.
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15.7.08
14.7.08
8. do an Interrail, even if a small one

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Procrastination
A minha arte.
É bom ter tempo para ela outra vez :)
(merci, Chloé, hihih)
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being back in my skin
é andar alegremente pelos corredores do departamento sem pesos na alma
é voltar a fazer projectos para nunca mais repetir um ano tão mau como este foi
é recuperar sonhos que já não me lembrava de ter
é querer ouvir música e fazer coisas bonitas e fazê-las
é escrever mails às pessoas de quem tenho mais saudades depois de tanto tempo
é querer pôr a mochila às costas e ir passear
é fazer listas e mais listas de projectos e possibilidades
é voltar a ter sonhos que não envolvem trabalho
é ter vontade de cozinhar para toda a gente
é vontade de usar saias
é vontade de dançar e tocar timbalão e voltar a pegar no violoncelo
é querer apanhar muito, muito sol e muito mar e muitos horizontes
é querer descer a costa alentejana a pé
andar muito, muito a pé
tirar fotografias bonitas na rua
encontrar fotografias bonitas na rua
ler a história da europa
ser europeia do mundo
cantarolar no duche
querer comprar uma bicicleta em segunda mão (será que a minha velhinha tem esperança?)
levar a minha irmã a passear noutra cidade
escrever, ler e ver filmes
e voltar a respirar e encontrar a beleza onde ela costumava andar
mais ou menos por todo o lado :)
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joui
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9.7.08
A invenção da Saudade, por Pascoaes
Como se sabe, a publicação das teses de Pascoaes suscitou uma polémica muito viva. Um dos adversários mais virulentos de Pascoaes foi António Sérgio (1883-1969). Defendeno enfaticamente um ponto de vista racionalista e anti-nacionalista acerca do tópico, Sérgio optou por centrar os seus ataques a Pascoaes em torno do carácter supostamente intraduzível da palavra saudade. De facto, segundo Pascoaes, o povo português seria:
“o único povo que pode dizer que na sua língua existe uma palavra intraduzível nos outros idiomas, a qual encerra todo o sentido da sua alma colectiva (…) Sim: a palavra saudade é intraduzível. O único povo que sente a Saudade é o povo português (…). Os outros povos europeus sentem naturalmente uma espécie de saudade que em francês é souvenir, em espanhol recuerdo, etc. Mas este sofrimento, nesses Povos, não toma alma e o corpo que adquire no sentir português. Souvenir ou recuerdo são apenas um elementos da Saudade, cujo perfil é inconfundível. e por isso, ela se exteriorizou numa palavra que não tem equivalente noutras línguas”
Para antónio Sérgio, pelo contrário, a palavra saudade não era de maneira nenhuma intraduzível:
“muito ao contrário do que Pascoaes afirma, a palavra saudade é traduzível. Várias nações a representam por um termo especial: o galego tem soledades, soedades, saudades; o catalão anyoransa, anyoramento, o italiano desio, disio; o romeno, doru, ou dor; o sueco saknad; o dinamarquês, savn; e o islandês, saknaor…”
Carolina Michaelis de Vasconcelos também não subscrevia as teses de Pascoaes sobre o carácter instrduzível da saudade, tentando igualmente - à semelhança de Sérgio - mostrar que um certo número de línguas europeias possuíam também equivalentes da saudade:
“é inexacta a ideia que outras nações desconheçam esse sentimento. É ilusória a afirmação (já quatro vezes secular) que o mesmo vocábulo Saudade (…) não tenha equivalente em língua alguma do globo terráqueo e distinga unicamente a faixa atlântica, faltando mesmo na Galiza de além-Minho”
Segundo Carolina Michaelis, saudade tinha de facto equivalente em quatro outras línguas da península ibérica: soledad ou soledades em castelhano, senhoredade no asturiano, morrinha no galego e anoryanza e anoryament no catalão. De resto, seria possível encontrar termos similares noutras línguas europeias: sehnsucht em alemão, längta em sueco. A particularidade da saudade residiria no seu uso mais frequente em português, por exemplo, durante os descobrimentos ou na literatura, e na importância da sua contribuição para a configuração da “alma portuguesa”.
Apesar desta controvérsia, as ideias de Pascoaes receberam em geral um acolhimento bastante favorável. como escreveu Óscar Lopes, “as principais ideias de pascoaes estão em sintonia com a cultura portuguesa do seu tempo” e, entre as elites culturais portuguesas, a saudade torna-se num instrumento relativamente usado para falar nas especificidades do ser português. (…)
mais aqui
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cursed eyes
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3.7.08
sabias que mantive um diário em Granada?
e o encontrei e folheei
e mais abaixo estava o livro das desilusões
escrito
que a joana nos pediu numas escadas no realejo
que saudades.
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cursed eyes
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não fiz nada do que disse que ia fazer. o meu quarto continua em pantanas
mas já dormi ao relento
já descobri as histórias de amor da família
já passei um dia com pezinhos na água
tenho dançado muito no quarto
já comi um gelado
já li dos trajes de viana
(já sei quais foram as coisas preferidas da oprah em 2007. quero aquela batedeira tão maldosamente)
oh ana, também não gosto de maiúsculas!
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26.6.08
to be read
Musical Heritage and National Identity in Uzbekistan;
‘This Drum I Play’: Women and Square Frame Drums in Portugal and Spain;
Music, Memory and History;
Learning to perform as a research technique in ethnomusicology;
The Jewish service in Communist Hungary: a personal journey;
‘I Take My Dombra and Sing to Remember my Homeland’: Identity, Landscape and Music in Kazakh Communities of Western Mongolia;
‘So: ragged woman’ The aesthetics and ethics of skilled action among Nepal’s Yolmo Buddhists;
Musical Structure, Performance and Meaning: the Case of a Stick-Dance from Nepal;
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24.6.08
Júlio Miguel e Lêninha - O Filho do Recluso
esquece tudo
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7:29 da tarde
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23.6.08
e desenhar e pintar azulejos! eu ia por isso nas paredes, pois era.
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cursed eyes
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3:43 da tarde
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HAH ou como dizia a outra "do you believe in life after ****?"
substituir o ****, de amor, por tese!
Entregue de manhã, já faz dizer "o que é que a gente faz agora?" ao almoço.
Por isso, não me posso esquecer de todas as coisas que adiei para este momento. Ui, e foram tantas.
Para já, já passeei por blogs com calma, sem pesos.
Já estive a ver o estado da minha lista, que vai bem adiantada, mas estou claramente a deixar os mais difíceis (e melhores) para o fim.
Já não escrevo aqui há tanto tempo que já aconteceram tantas coisas e nem tive tempo de fazer constar. Não que haja essa necessidade, mas as coisas precisam de crónicas para se saber ou se lembrar que existiram.
Tenho muito sono
Aquela banda desenhada ganhou o prémio da bienal de arte jovem de Braga, foi das notícias mais motivadoras que alguma vez já recebi. Deu-me ganas de muito;
Vou construir uma jangada para descer o rio com os meus companheiros caminheiros (quem disse que devia haver uma barra no meio?);
Os planos tiveram de ser ligeramente alterados, atrasados, por motivos de força maior, aos quais já me conformei e já nem me deixam triste. A vida vai melhorar. Como disse, foram atrasados;
"Isso vem ou não?"
ok
É que eu disse que ia escrever uma lista das coisas que adiei para não me esquecer:
Tenho de arrumar o meu quarto, que está à espera desde Amesterdão
Tenho de pensar em alguma coisa-de-psicóloga para a minha mãe
Tenho de tricotar
Tenho de organizar papel
Tenho de seleccionar postais, fotografias para revestir as paredes - brancas desde Amesterdão
Tenho de revelar fotografias da Holga
Tenho que escrever à Rita e à Cati (a carta ficou a meio)
Tenho de enviar postais ao meu irmão a dizer Obrigado
Tenho de coser uma t-shirt com um polvo
Tenho de desenhar os meus amigos e oferecer-lhes
Tenho de por a roupa de Verão acessível
Tenho de tirar a carta!
Tenho de ser melhor secretária
Tenho de gravar um cd ao João
Tenho de escrever e-mails ao Rui, à Isabel, à Cate, Ele e Gio, Rachele e Pierrick
Tenho de praticar flauta
Ufa!
Estou-me a esquecer de coisas! não pode!
estou alarmista já disse
e feliz
e é s.joão, e há sardinhada com família, o que significa que hoje vou cheirar a sardinha e a bebé e depois vou pró popularucho!
beijinhos meus queridos, todos todos
que felicidade momentânea, que alívio
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cursed eyes
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2:37 da tarde
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18.6.08
14.6.08
13.6.08
para variar
Trabalho à noite no departamento;
ouço Seu Jorge (que achava que não gostava);
vicio-me no Facebook, porque através dele estou a encontrar gente de quem já não tinha sinal há muitos anos;
e dou conta que afinal não li tão pouco quanto isso durante este ano.
aprende-se muita coisa, aprende-se sim.
mas neste momento, fazia como a ana. ai não, que não ia...
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joui
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11:45 da tarde
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12.6.08
como se não bastasse
A propósito do post anterior, que já era a propósito das minhas memórias da Inglaterra, tive que abrir o blogger com outra conta de e-mail.
Aquela que está associada à minha conta no Facebook, no qual me inscrevi já não sei por que razão, e que simplesmente não uso.
Mas o Facebook hoje trouxe-me uma surpresa: a Rebecca Willson, uma menina que andou comigo na escola primária em Exeter e uma das pessoas que, segundo a minha lista (item 75) é suposto eu encontrar, escreveu-me.
E escreveu a todas as Joanas Osório que encontrou no Facebook à minha procura. E encontrou-me. Oh, estou tão contente. Não sei bem como voltar a concentrar-me no que devo.
E como se não bastasse, tenho exame de piano hoje.
E como se isso também não bastasse, há uma música que eu não sei tocar.
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joui
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2:46 da tarde
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a propósito
A Jane Brocket tem no seu novo site a receita de Chewy Flapjacks.
A Grace era a minha next door neighbour e fazia os melhores Chewy Flapjacks do mundo. Ok. Também só provei os dela. Mas flapjacks lembra-me obrigatoriamente a Grace, e a East Grove Road, os verões a jogar à bola na rua e as caixas de lata em que ela metia os flapjacks. Que eu lhe pedinchava quase todas as semanas para fazer. Está permanentemente gravado na memória e tenho a certeza que se algum dia sofrer de Alzheimer, vou pedir ao pobre coitado que me aturar para chamar a Grace para ela me trazer os flapjacks.
Ao pensar na East Grove Road, lembrei-me que nunca vos contei como era o sítio onde eu morava. Mas isso fica para outra altura; hoje já não me posso distrair mais.
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joui
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oh não!
A JANE BROCKET DO YARNSTORM TEM UM WEBSITE, PORRA!
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cursed eyes
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10.6.08
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cursed eyes
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6:57 da tarde
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5.6.08
a cor da camisola
Há muita coisa que me irrita no facto de Domingo toda a tarde, em todos três canais generalistas, se fazerem "Especiais Selecção". Ou como dizia o Tiago, só faltava mesmo saber de que cor era o papel higiénico com que o Cristiano Ronaldo limpou o rabo naquele dia.
Mas há algo nisto e nisto que me emociona. Desde o momento em que vi os emigrantes acolher a selecção, até chegar à Suiça e ver as bandeiras portuguesas nas janelas. Só portuguesas, para já. Os portugueses fazem-se ouvir, e os suiços abrem lentamente a pestana. Mas sem saber muito bem o que é que lhes está a acontecer.
Ontem li no público:
"Bem vindos a outro mundo." A frase lia-se num jornal suiço publicado ontem e ainda se referia à chegada da selecção a Neuchâtel, quando perto de 10mil portugueses aguardaram durante horas que o autocarro que transportava os jogadores passasse à frente dos seus olhos. Mas talvez amanhã o jornalista que escreveu aquela frase tenha que reformular, escrevendo: "Bem-vindos a outro universo."
(...)
Para um suiço distraído, a selecção portuguesa tinha acabado de golear o seu adversário, no estadio de Neuchâtel. Contrariando as restrições impostas pelas autoridades, durante várias horas, os portugueses passearam-se no centro da cidade buzinando os seus carros sem temer multas.
E mais do que em território nacional, é na Suíça que a selecção tem recebido maior apoio. É na Suíça que se vêem mais bandeiras portuguesas nas janelas. É na Suíça que se encontram mais pessoas com t-shirts de Portugal vestidas. Por muito confuso que tudo isto possa parecer a um suiço.
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joui
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3.6.08
Antsy Pants - Tree Hugger
Eu ando mais com coisas estupidamente bem dispostas e infantis.
Storytime today is at 15:19.
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joui
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i am a rock bottom riser
estou tão feliz. o que eu vi embalou-me até agora e só não me embalará mais se não deixar. é isto, no fundo. no fundo, eu sou isto e encontro em smog, no bill, mais no smog, coisas que não encontro em mais lado nenhum. que dizem tudo. se acho que quando falo estrago tudo ao passar a fronteira dos dentes, devia ser um gravador. e ao falar carregava no play, e era isso.
venham gaitas e concertinas, o meu sangue é da sad music.
estou desconexa
mas não interessa
foi perfeito
tocou as minhas preferidas
e se tocasse outras diria o mesmo
e eu sozinha, porra
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2.6.08
Cabeça de Beringela
Originally uploaded by Yara
Não podia haver melhor ilustração para o espírito destas semanas...
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joui
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28.5.08
earworm
Oliver Sacks ouve óperas inteiras. Eu tenho isto em mental replay desde as 8 da manhã.
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joui
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9:32 da manhã
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26.5.08
23.5.08
22.5.08
a maratona
a maratona até às 19h - confissão pública: o meu reforço são os morangos com açucar, único que parece resultar - acompanhada por:
Sleater-Kinney - Call the Doctor
Howe Gelb - Hisser
The Best of The Mamas and the PapasLow - Drums and Guns
Max Richter - Songs from Before
Cornelius - Point
Murcof - CosmosBSO - The Science of Sleep
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cursed eyes
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16.5.08
há uma coisa que me deixa perturbada. não é bem essa palavra, é uma mistura de incómodo, de surpresa e de incompreensão. com açucar, se faz favor.
são as adolescentes.
primeiro, invejo-as um bocadinho porque é a olhar para elas que sinto aqueles laivos de velhice quando penso "isto é tão diferente do meu tempo".
mas em segundo, é a facilidade delas, a banalização do "amo-te" que elas andam a espalhar por aí. é irritante ver mãos dadas, beijos na boca, palavras de eterno amor entre meninas de 15 anos, que dizem "amo-te", ou melhor "amu-t" a torto e a direito.
tenho dito.
não digo pim porque sou do indie russótrad.
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cursed eyes
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9:08 da tarde
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13.5.08
1º D - Teresa Boémia
1º E - Júlia, a Engomadeira Infeliz
2º D - Casal Gomes
2º E - Irmãs Arminda e Carolina
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cursed eyes
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